CHILE: MAIS UM PREGO NO CAIXÃO DA NARRATIVA
- Tiago Martins
- 11 de jun. de 2021
- 2 min de leitura

Peguemos em 3 países: Israel, Hungria e Chile. Bastam estes 3 para conseguirmos entender a manipulação estatística da qual somos alvos constantemente. O Chile trata-se então de mais um prego no caixão da narrativa oficial sobre a COVID-19.
Começo com uma questão: para provarmos a eficácia das vacinas nos casos de COVID-19, e para critérios de novo confinamento ou medidas de restrição, qual deveria ser a política de testagem, assumindo a alta fiabilidade dos testes? Maior testagem ou menor testagem após a vacina?
Diria que mais testagem, seria a política certa para verificarmos a eficácia das vacinas, correto? E se os casos e mortes diminuíssem, provariam essa mesma eficácia. Vamos aos nossos exemplos.
Israel começou a sua vacinação em Dezembro de 2020, e desde então tem sido considerado um exemplo de sucesso na sua vacinação, uma vez que tanto os casos como as mortes desceram a pique desde que a Pfizer iniciou uma campanha de vacinação em massa em Israel. Este é mesmo o País com maior número de vacinados por 100 habitantes. Aqui temos o número de casos e número de vacinas administradas, que parecem estar em forte correlação:


Na Hungria, podemos verificar o mesmo fenómeno. Vacinação em massa (dos países com maior número de vacinas administradas por 100 habitantes), casos descem bastante, aparente correlação:

A correlação parece óbvia, mas haverá causalidade? Teremos algum fator adicional que explique esta tão boa correlação entre casos e vacinas administradas?
Olhemos agora para o Chile. O Chile faz também parte do lote de países com maior número de vacinas administradas, mas algo não bate certo: o Governo decretou a 11 de Junho de 2021 novo confinamento dado o elevado número de casos, mesmo com cerca de 60 por cento da população vacinada. Vejamos o gráfico:

Apesar do número elevado de vacinas, os casos parecem não ter tendência para descer, e o confinamento foi a solução que o Governo decidiu decretar.
Mas… o que distingue o Chile de Israel e da Hungria?


Será que a diminuição clara do número de testes a partir do momento em que a disseminação da vacina foi iniciada, tem algo a ver com a diminuição de casos na Hungria e em Israel? Para termos esse conhecimento disso precisaríamos de um País no qual, tanto a vacinação em massa, como a testagem continuam em curvas ascendentes.
Será o Chile um bom exemplo disso…?

Parece-nos então que Israel e a Hungria optaram por reduzir o número de testes, o que dá uma falsa sensação de eficácia das vacinas. Se queremos um País mais transparente, olhemos para o exemplo do Chile. Após a vacinação em massa, aumentou a capacidade de testagem, permitindo verificar que afinal, a vacinação em massa, acontece em simultâneo com um enorme aumento de casos, como podemos ver por este gráfico:

Estes gráficos e correlações entre testagem, vacinação e casos devem, pelo menos, fazer-nos pensar em várias questões: ou a fiabilidade dos testes é baixa, ou a eficácia das vacinas a prevenir casos de COVID-19 é baixa e devemos travar a utilização do indicador “casos” como uma das variáveis utilizadas para aplicar medidas – a chamada “casedemic”.
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